Se alguém descrevesse
o meu rosto, pálpebra,
a pálpebra, aleta a aleta
do nariz, a curva
de lábio a lábio,
a fronte agora, a face depois
eu poderia desdenhar
da solitária alheada
imagem num espelho.
Esta vista de mar, solitariamente,
Esta vista de mar, solitariamente,
dói-me. Apenas dois mares,
dois sóis, duas luas
me dariam riso e bálsamo.
A arte da Natureza pede o amor em dois olhares.
FIAMA HASSE PAIS BRANDÃO, «As Fábulas», Quasi, Vila Nova de Famalicão, 2002
1 comentário:
Esolha perfeita...
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