E as ovelhas tresmalharam-se pela encosta,
E de tanto pensar, nem tocou a flauta que trouxe para tocar.
Ninguém lhe apareceu ou desapareceu.
Nunca mais encontrou o cajado.
Outros, praguejando contra ele, recolheram-lhe as ovelhas.
Ninguém o tinha amado, afinal.
Quando se ergueu da encosta e da verdade falsa, viu tudo:
Os grandes vales cheios dos mesmos verdes de sempre,
As grandes montanhas longe, mais reais que qualquer sentimento,
A realidade toda, com o céu e o ar e os campos que existem, estão presentes.
(E de novo o ar, que lhe faltara tanto tempo, lhe entrou fresco nos pulmões)
E sentiu que de novo o ar lhe abria, mas com dor, uma liberdade no peito.
4 comentários:
Grande "madrugadora" ou, será mais, notivaga? Essa liberdade que sempre falas tá mesmo ai à tua mão, talvez não te apeteça ver agora ou como diz aquela frase: "O principal perigo na vida é quando se toma precauções demais."
Lindo Lindo Lindo...adoro Caeiro e não consigo dizer mais nada!abraços!*
Bom blog,
bom gosto!
simplismente maravilhoso, conheci esse maravilhoso autor a pouco tempo, não consigo achar nada melhor do que ele em poemas.Cada vez que leio quero ler mais e mais.
PARABENS PELO SEU BLOG DE MUITO BOM GOSTO, IREI RECOMENDAR A MUITA GENTE...
Enviar um comentário